quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

URGENTE: ADESÃO A NOTA DE REPÚDIO LI BELO MONTE

Pessoas precisamos assinar esta nota com urgência até às 14:00h de hoje (27/01) horário de Brasília. Repassem para as suas listas e enviem a adesão para "Verena Glass" veglass@uol.com.br
Vejam a lissta de assinaturas atualizada em www.xinguvivo.org

URGENTE: ADESÃO A NOTA DE REPÚDIO LI BELO MONTE


Obrigado


Licença de Belo Monte é brutalidade sem precedente contra o povo do Xingu

A liberação das obras de Belo Monte, assinada nessa quarta, 26, pelo Ibama, é o primeiro grande crime de responsabilidade do governo federal neste ano que nem bem começou.

Foi dado sinal verde para que um enorme predador se instale às margens do Xingu para devorar a mata, matar o rio e destruir nossas casas, plantações e vidas, atraindo centenas de milhares de iludidos, que este mesmo governo não consegue tirar da miséria. Em busca de trabalho, que poucos encontrarão, eles chegarão a uma região sem saneamento, saúde, segurança e escolas.

Denunciamos esta obra, que quer se esparramar sobre nossas propriedades, terras indígenas e a recém reconhecida área de índios isolados, como um projeto genocida. Denunciamos essa obra como um projeto de aceleração da miséria, do desmatamento, de doenças e da violação desmedida das leis que deveriam nos proteger. Denunciamos que toda essa miséria, violência e destruição será financiada com dinheiro público dos contribuintes, através do BNDES.

Denunciamos a liberação de Belo Monte como um ato ditatorial da pior espécie. O Ibama afirma que se reuniu com “organizações da sociedade civil da região”, mencionando nossos nomes. Nestas reuniões, deixamos claro o que pensamos da usina. Deixamos claro que não queremos seu lixo, seus tratores, sua poluição, sua violência, sua exploração, seu trabalho escravo, suas doenças, sua prostituição, suas poças de água podre e seu desmatamento nos nossos quintais (ou naquilo que nos restará de nossas terras e não nos for roubado pelo governo). Porque observamos perplexos, enojados e aterrorizados o que vem acontecendo nas obras de Jirau e Santo Antonio, no Rio Madeira, em Rondônia.

De que adiantou falarmos? Não fomos ouvidos, e ainda transvestem nossos protestos em “diálogo” para legitimar uma aberração engendrada para retribuir favores a financiadores de campanha. Denunciamos como uma brutalidade sem precedentes a forma pela qual fomos atropelados e ignorados, e tivemos nossos direitos ridicularizados pelo governo.

Anunciamos que vamos continuar enfrentando este projeto com todas as nossas forças. Temos a lei do nosso lado, e cresce de maneira vertiginosa o apoio de milhares de brasileiros e cidadãos conscientes do mundo todo à nossa causa. E responsabilizamos desde já o Governo Brasileiro por qualquer gota de sangue que venha a ser derramada nesta luta.

Assinam:

Movimento Xingu Vivo para Sempre

Prelazia do Xingu

CIMI

Associação dos Povos Indígenas Juruna do Xingu km 17 - APIJUX KM 17

Associação do Povo Indígena Arara do Maia - ARIAM

Associação Indígena Tembé de Santa Maria do Para - AITESAMPA

Comissão Pastoral da Terra - CPT

SOCALIFRA

SOS Vida

SINTEPP Regional

Movimento dos Atingidos por Barragens - MAB

Associação dos agricultores Ribeirinhos do PDS Itatá

Associação dos agricultores ribeirinhos do Arroz Cru

Movimento Negro Altamira e Região

Movimento de Mulheres Campo e Cidade - PA

Colônia de Pescadores de Porto de Moz Z-64

União da Juventude Organizada do Xingu - UJOX

MPA/Via Campesina

PJR/Via Campesina

Comissão de Justiça e Paz - CJP

AARPI

Comitê Metropolitano do Movimento Xingu Vivo para Sempre - Belém
Fórum da Amazônia Oriental - Rede FAOR

Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais

4 comentários:

  1. A estratégia do governo e das empresas de construi primeiro Belo Monte e dizer que ela pode gerar 11 mil megawatss caso seja construida Babaraquara tem que ser denunciada também, há uma necessidade de explicar isso para a sociedade brasileira e as cartas devem conter isso, pois este projeto não é único, nunca foi e nunca será

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  2. Temos que protestar! Não podemos permitir isso!

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  3. Meu total apoio a esta nota.

    Mas gostria de registrar minha opinião, que infelizmente soará como desenvolvimentista, mas relativiza as culpas:

    Partilho do nojo, do embrulho e também estou revoltado com a maneira como as coisas vem sendo feitas no Brasil.
    A engenharia brasileira estagnou o país. As grandes empreiteiras - e demais mega empresas - estão usurpando nossos recursos naturais em busca do capital.
    Mas a revolta com a engenharia (desculpem engenheiros, por vezes bons técnicos e boas pessoas) vem do fato das soluções técnicas sustentáveis e suficientemente pesquisadas em diversos centros de excelência de todo o país, estarem subjulgadas.
    Digo isso, porque acompanhei com alguma proximidade o processo de licenciamento de Belo Monte (LI) e sei que estudos importantes foram elaborados no intuito de melhorar significativamente e talvez definitivamente a vida da imensa populaão urbana pobre de Altamira, Vitória do Xingu e Belo Monte.
    Alguns desses estudos foram elaborados levando em consideração padrões de qualidade de vida ainda não conhecidos em cidades brasileiras por técnicos competentes e comprometidos com um país mais justo.
    Contudo esses técnicos sabiam: aquilo que planejavam não será executado.
    Aí, na minha opinião é o maior motivo da revolta. Por meio de soluções técnicas seria possível uma usina MUITO menos impactante, mas com benefícios sociais e econômicos incríveis.
    Sabe-se dos conchavos escrachados entre IBAMA-Empreiteiras. Ou seja, quem promove a obra é fiscal também - sintomas ditatoriais. As empreiteiras por sua vez, estagnadas num modelo ditatorial - agora do modelo desenvolvimentista dos 70 - engolem todo o planejamento técnico que permitiu o licenciamento e correm para encobrir cada passo da obra para que seja feito exatamento da maneira como querem... obras impactantes, megalomaníacas, com concreto e aço suficientes para construir uma cidade média, e ainda, sumindo com cada passo dos programas sócioambientais vinculados à população atinginda, seja urbana, rural ou indígena.

    Por isso tudo apoio com gosto este repúdio.
    É muito dinheiro público rasgado para o lucro de poucos e a devastação da vida de muitas pessoas.

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  4. A Usina de Belo Monte jamais se dará! Creiam! Porque será outra Canudos...

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