A luta no parlamento também deve ser levada em consideração, mesmo sendo este um espaço composto, em sua grande maioria, por representantes daqueles que defendem o predomínio do capital e a destruição da natureza.
No dia 18 de dezembro ocorreu a diplomação do prefeito e dos vereadores eleitos para os anos de 2013 a 2016, em Belém, capital do estado onde o governo federal, empreiteiras e mineradoras iniciaram a construção da terceira maior hidrelétrica do mundo.
Entre várias ilegalidades cometidas nesta obra está o processo de criminalização contra 11 ativistas que participaram do evento denominado Xingu+23 e a prisão de 05 operários que estavam trabalhando no Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) quando ocorreu a última greve, no mês de novembro/2012. Como não há nenhuma prova que eles tenham cometido algum crime, os mesmos podem ser considerados presos políticos da Norte Energia (NESA) e do governo federal, pois estão encarcerados apenas por participar ou apoiar a greve, momento em que reivindicavam melhores salários, condições de trabalho e o direito de visitar seus familiares regularmente.
No momento da diplomação foi organizada uma manifestação contra Belo Monte e em defesa dos presos políticos, contando com a participação de ativistas, de militantes partidários e dos parlamentares verdadeiramente comprometidos com a defesa das riquezas naturais e com os povos da Amazônia.
A luta segue. Belo Monte não é um fato consumado como acreditam os governos e as elites econômicas. Muita água ainda há de correr no Rio Xingu. Muitas barragens ainda serão levadas pela força dos rios da Amazônia.
Rios vivos. Pan-Amazônia livre.
Fernando Carneiro - vereador diplomado PSOL/Belém
Faixa aberta durante a solenidade de diplomação.
Cléber Rabelo - vereador diplomado PSTU/Belém
Francisco Almeida (Dr. Chiquinho) - vereador diplomado PSOL/Belém
Marinor Brito - vereadora diplomada PSOL/Belém
É importante informar que diversos vereadores diplomados assinaram uma nota, por iniciativa do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Belém e Ananindeua, pedindo a liberdade aos cinco operários presos em Altamira.
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