Nós, reunidos no Seminário Nacional: Ambiente e Matriz Energética, organizado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), no dia 28 de maio de 2010, em Porto Velho, Rondônia, apresentamos através desta carta nossa posição em favor da luta travada na região da Amazônia pela preservação do ambiente e dos grupos humanos que vivem harmoniosamente nesta região e de repúdio, ao projeto de exploração que propõe tornar nossos rios corredores de escoamento de soja e toda sorte de produtos do agronegócio e nossas águas em mercadoria.
Propomos uma revisão do modelo de “progresso” adotado pelo Governo Federal, insistente na manutenção de grandes projetos para a Amazônia, como os aproveitamentos de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia e a recentemente leiloada usina de Belo Monte, que destruirá boa parte de uma área riquíssima de biodiversidade, patrimônio da humanidade, a Volta Grande do Xingu. Estes projetos vêm acompanhados do discurso da sustentabilidade, que serve de “maquiagem” para adaptações puramente técnicas que objetivam a sustentabilidade do próprio modelo capitalista.
É nosso dever, enquanto ribeirinhos, indígenas, quilombolas, trabalhadores da cidade e do campo e da sociedade civil de uma forma ampla, alertar para o prejuízo sofrido com a adoção destas práticas exploratórias que historicamente fizeram prevalecer às vontades do capital em detrimento da população e que se reveste com a armadura da “sustentabilidade”. Além disso, faz-se necessário chamar a atenção para a atuação do BNDES, que age como financiador destes projetos que massacram nossas formas de vida.
Propomos também que os modelos atuais para o desenvolvimento da Amazônia e do Brasil sejam revistos a fim de atender as necessidades reais das populações que aqui vivem. Que a noção de sustentabilidade passe a apropriar-se conhecimentos tradicionais locais e não seja apenas um mecanismo discursivo para a manutenção do modo de produção capitalista. Que os valores da energia elétrica sejam revistos, pois a privatização de nossos rios não reduziu os valores que somos obrigados a pagar.
Ter clareza de que o ser humano faz também parte do ambiente, e não eleger uma visão fragmentada sobre este fato é essencial para tomarmos uma atitude afirmativa e combativa para dar voz aos movimentos que lutam por uma política energética justa. Pela visibilidade das comunidades locais e por um projeto popular para o Brasil, que atenda aos anseios da população, pautado na participação nos processos de decisão que as atingem.
Desta forma, nos unimos a todas as comunidades, brasileiras e também de fora do nosso país, para manifestarmos nosso repúdio ao modelo econômico que exclui as populações das tomadas de decisão que modificarão irreversivelmente suas vidas. Propomos que unam-se a nós todos aqueles que se mantêm resistentes aos modelos ditados de cima para baixo sem levar em consideração suas formas de vida.
ANDES-SN, ADUNIR, MAB, Inst. Madeira Vivo, CJP- Arquidiocese de Porto Velho, CIMI, Viva Xingu Vivo para Sempre, Movimento de Mulheres do Campo e da Cidade estado do Pará, Faculdade Católica de Rondônia
Fonte: ANDES-SN
A gente na Altamira e no Xingu tem 8 ou 11 filhos (inclusive os Indios) - e terao mais o menos 100 netos: Eles nao podem viver de vender peixes e casthao. Nem os "intellectuals" nos EUA, nem o "Avatar" Cameron, nem os Sting irao fornecer a futuro deles - somente a economia desenvolvida do Brasil - e do Para. Yankee go home ! (And take the pedophile priests with you!)
ResponderExcluirBueno "companheiro" acontece que nós somos indgenas , segundo a comuna primitiva precisamos apenas de alimento e natureza para vvivermos plenamente! Como vc , vive e é comrrompido com o veneno das mentiras, flasidades, hipocresias , demagogias, individualismo, do Capitalismo Moribundo, vc se sente ameaçado com a resistencia dos povos e ideias dos indigenas, quilombolas, comunistas revolucionarias. Portando tome consciencia de classe , da classe que vc pertenece ou vc é do exercito filho da puta!
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