Um oficial da Justiça Federal esteve no canteiro para entregar o documento da reintegração aos manifestantes. A leitura do documento não causou espanto aos indígenas, que rasgaram o documento na frente do oficial, de representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e de cerca de 40 homens da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Tropa de Choque, Rotam e Polícia Civil. Depois eles dançaram e cantaram.
O juíz Sérgio Wolney Guedes, da comarca de Altamira, deu um prazo de 24 horas para que os indígenas saiam pacificamente da obra. Os indígenas afirmam que não sairão por ordem judicial, e exigem a presença do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República.
Os povos indígenas e comunidades tradicionais afetadas pela UHE Belo Monte nunca foram consultados, conforme a Constituição Federal e a Convenção 169 da OIT, para que pudessem dizer se querem ou não o empreendimento. Nos rios Tapajós e Teles Pires a situação é a mesma. Por essa razão, os povos indígenas decidiram unificar as lutas contra as hidrelétricas na Amazônia como forma de serem ouvidos.
No canteiro ocupado, o clima é tenso entre indígenas e policiais. Segundo relato dos manifestantes, ameaças verbais e intimidação po parte da Força Nacional são constantes no canteiro. Ainda, um jornalista foi ameaçado de prisão e uma documentarista foi expulsa do canteiro por policiais enquanto entrevistava os indígenas. A energia elétrica na área em que os indígenas estão acampados continua cortada.
Imprensa: para outras informações e entrevistas, o telefone de contato com a ocupação é (93) 8805-2597. Também, pelo blog da ocupação: http://ocupacaobelomonte.
Veja imagens da ocupação e do canteiro paralisado. Fotos: Ruy Sposati
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