Afbepa]
NÃO À CRIMINALIZAÇÃO DO MOVIMENTO XINGU VIVO!
O
Governo Federal e o Consórcio Norte Energia S/A – NESA, que respondem
pela construção da usina hidrelétrica Belo Monte, nunca manifestaram
argumentos ou métodos honestos para defender esse crime que estão
cometendo contra a Amazônia e todas as vidas que nela habitam. Sempre
usaram de mentiras, coação, chantagem, tentativa de cooptação e força
bruta contra os indígenas, as comunidades ribeirinhas, as lideranças
sociais, os estudantes e todos os ativistas que têm lutado em favor da
Amazônia, pelo Rio Xingu vivo.
Neste momento, os olhos do mundo estão voltados para o Brasil. A
opinião pública mundial acompanha o que ocorre, seja no Rio de Janeiro,
na Rio+20 e na Cúpula dos Povos, seja em Altamira, onde se realizou o
Xingu+23. Todos observam o que o país, e o partido que o governa fazem,
em completa dissonância com o (falso) discurso de defensores do meio
ambiente. Para tentar minimizar os impactos negativos que sofrem ao
serem desmascarados perante o mundo, o Governo do Brasil e a NESA
arquitetaram uma ardilosa trama objetivando CRIMINALIZAR o Movimento
Xingu Vivo, formado por organizações, lideranças e lutadores sociais dos
mais combativos e responsáveis e que confirmam, com sua prática cidadã,
o nosso Hino Nacional quando diz “mas se ergues da justiça, a clava
forte, verás que um filho teu não foge à luta!” Justiça, Vida e legítima
Luta! Essas são as marcas do Xingu Vivo!
Um filho do Brasil não foge à luta e não assiste, passivamente, a
mais brutal um capítulo de destruição da Amazônia, tantas vezes
saqueada, explorada. Desde quando invadiu estas terras, a chamada
civilização ocidental só trouxe doenças, morte, destruição. A história
da Amazônia é uma história de devastação e violência comandada pelos
latifundiários, e suas terras griladas, e pelos grandes projetos. O
modelo de colonização da Amazônia sempre atendeu e atende aos interesses
do capital, das mineradoras, empreiteiras, bancos, indústrias,
agronegócio e nunca aos interesses dos índios, ribeirinhos, todos os
povos da floresta, a Vida humana, animal, vegetal, que aqui habita. A
Amazônia só é vista para o saque e os seres que aqui vivem têm sido os
saqueados.
O verdadeiro crime quem está cometendo são os que,
irresponsavelmente, devastam, poluem, destroem e tentam impedir o fluxo
natural do Rio Xingu, e dos demais rios da Amazônia como o Tapajós, cujo
licenciamento para construção de mais uma, das treze hidrelétricas, já
está liberado e o EIA/RIMA elaborado e aprovado pelo próprio Ibama, sem
que nem a licitação para a construção da obra tenha sido realizada. O
verdadeiro crime cometem os que têm destruído a Vida na Amazônia. Esses,
sim, deveriam estar sendo processados por um tribunal mundial em defesa
do meio ambiente e da Vida.
Finalmente, lamentamos que toda essa capciosa trama esteja sendo
orquestrada por um partido que, desde sua fundação até o ano de 2002
esteve à frente das mais legítimas lutas sociais, sindicais e ambientais
em nosso país, cujos valorosos militantes sofreram, tantas vezes, a
pecha da criminalização, mas que, a partir do momento em que assumiu o
governo federal, esse partido abandonou e jogou na lama sua história de
luta e suas convicções ideológicas para se transformar em um mero
partido da ordem, tal qual os demais partidos que apenas tentam manter
abafados os conflitos de classes, a exploração e as desigualdades
sociais, garantindo, é claro, que os de cima, os ricos e poderosos sejam
sempre os mais beneficiados. E é precisamente isso o que está ocorrendo
aqui na Amazônia, em Altamira, no Rio Xingu, com a construção da
criminosa usina hidrelétrica Belo Monte.
Nós, trabalhadores bancários e bancárias do Banco do Estado do Pará –
Banpará, estamos atentos, ativos e solidários, e não aceitaremos,
jamais, e repudiamos veementemente essa tentativa inadmissível de
criminalização do Movimento Xingu Vivo.
DILMA E LULA, PAREM BELO MONTE, QUE É UM CRIME CONTRA A VIDA!
VIDA PARA A AMAZÔNIA É VIDA PARA O MUNDO!
XINGU VIVO PARA SEMPRE!
UNIDOS SOMOS FORTES!
Em União, AFBEPA – Associação de Funcionários do Banpará.
Foto: Maurício Matos
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