No próximo dia 17 de dezembro de 2011, sábado, ativistas de movimentos sociais sairão às ruas mais uma vez para protestar contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. A Marcha denominada “Dia X pelo Xingu – Dia de luta contra Belo Monte” pretende percorrer as principais ruas do centro da capital para denúnciar o crime socioambiental que está sendo realizado contra os povos da Amazônia.
Nota do Comitê Metropolitano Xingu Vivo
A construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, tem sido apresentada como um projeto que irá trazer energia, emprego e desenvolvimento para a região. A cada dia, essas promessas se revelam um belo monte de mentiras.
Os 11.000 MW de energia que seriam gerados a partir de 2020, o que tornaria a usina a terceira maior do mundo, seriam produzidos somente durantes uns 3-4 meses ao ano, durante a cheia do rio. Nos outros meses a produção de energia cairia até chegar a menos de 1.000 MW. A média anual seria de 4.500 MW.
Essa quantidade de energia pode ser conseguida de várias outras maneiras. Estudos da Universidade de São Paulo afirmam que modernizando as atuais hidrelétricas o governo aumentaria em até 7.600 MW, sem que nenhuma nova usina seja construída. Somente em energia eólica (ventos) o país deverá estar produzindo, a partir de 2014, cerca de 5.000 MW. E ainda tem a energia solar e biomassa (com projetos de 13.000 MW até 2020). Ou seja: não é necessário construir Belo Monte para se gerar mais energia.
No pico da construção seriam ofertados 41 mil empregos. Mas, segundo os estudos do próprio governo, seriam atraídas para a região 96 mil pessoas. Ou seja: Belo Monte vai gerar 55 mil novos desempregados para Altamira e região.
Não há desenvolvimento sem investimentos na melhoria da qualidade de vida. E a Norte Energia – NESA, empresa que está construindo a usina, desde julho/2011, já demonstrou que atua com o único objetivo de aumentar seus lucros, sem se importar com a população local. No início de novembro demitiu 170 trabalhadores porque eles protestaram contra as péssimas condições de trabalho.
A Prefeitura de Altamira elaborou um documento, assinado junto com os 11 vereadores do município, no qual pede a suspensão das atividades no canteiro de obras, pois denuncia que a NESA não está cumprindo os programas de infraestrutura que seriam necessários para atender a chegada de milhares de pessoas em busca de emprego. Altamira está um caos, conforme previsto.
Uma barragem iria desviar o curso do rio, deixando 100 km praticamente secos. E essa parte do Rio Xingu, denominada Volta Grande, é o lar de duas grandes comunidades indígenas. O rio fornece 80% da proteína (peixes) consumida pelos seus habitantes. Sem o rio, não há como os povos indígenas sobreviverem.
Além disso, espécies como o acari-zebra, um peixe ornamental, que só existe no Xingu, cuja captura está proibida pelo IBAMA, pode ser extinto. Também as áreas de desova de tartarugas e tracajás, estão ameaçadas.
E sabe quem vai pagar por toda essa destruição? Você! O BNDES deve emprestar cerca de R$ 24 bilhões, com juros baixíssimos e parcelas a perder de vista. É dinheiro público (seu dinheiro), que poderia ser investido na construção de redes de saneamento, escolas, hospitais e casas populares.
Os 11.000 MW de energia que seriam gerados a partir de 2020, o que tornaria a usina a terceira maior do mundo, seriam produzidos somente durantes uns 3-4 meses ao ano, durante a cheia do rio. Nos outros meses a produção de energia cairia até chegar a menos de 1.000 MW. A média anual seria de 4.500 MW.
Essa quantidade de energia pode ser conseguida de várias outras maneiras. Estudos da Universidade de São Paulo afirmam que modernizando as atuais hidrelétricas o governo aumentaria em até 7.600 MW, sem que nenhuma nova usina seja construída. Somente em energia eólica (ventos) o país deverá estar produzindo, a partir de 2014, cerca de 5.000 MW. E ainda tem a energia solar e biomassa (com projetos de 13.000 MW até 2020). Ou seja: não é necessário construir Belo Monte para se gerar mais energia.
No pico da construção seriam ofertados 41 mil empregos. Mas, segundo os estudos do próprio governo, seriam atraídas para a região 96 mil pessoas. Ou seja: Belo Monte vai gerar 55 mil novos desempregados para Altamira e região.
Não há desenvolvimento sem investimentos na melhoria da qualidade de vida. E a Norte Energia – NESA, empresa que está construindo a usina, desde julho/2011, já demonstrou que atua com o único objetivo de aumentar seus lucros, sem se importar com a população local. No início de novembro demitiu 170 trabalhadores porque eles protestaram contra as péssimas condições de trabalho.
A Prefeitura de Altamira elaborou um documento, assinado junto com os 11 vereadores do município, no qual pede a suspensão das atividades no canteiro de obras, pois denuncia que a NESA não está cumprindo os programas de infraestrutura que seriam necessários para atender a chegada de milhares de pessoas em busca de emprego. Altamira está um caos, conforme previsto.
Uma barragem iria desviar o curso do rio, deixando 100 km praticamente secos. E essa parte do Rio Xingu, denominada Volta Grande, é o lar de duas grandes comunidades indígenas. O rio fornece 80% da proteína (peixes) consumida pelos seus habitantes. Sem o rio, não há como os povos indígenas sobreviverem.
Além disso, espécies como o acari-zebra, um peixe ornamental, que só existe no Xingu, cuja captura está proibida pelo IBAMA, pode ser extinto. Também as áreas de desova de tartarugas e tracajás, estão ameaçadas.
E sabe quem vai pagar por toda essa destruição? Você! O BNDES deve emprestar cerca de R$ 24 bilhões, com juros baixíssimos e parcelas a perder de vista. É dinheiro público (seu dinheiro), que poderia ser investido na construção de redes de saneamento, escolas, hospitais e casas populares.
17/12:
Dia X pelo Xingu
Dia de Luta contra Belo Monte
Praça da República, 09h00
Belém do Pará
Comitê Metropolitano Xingu Vivo
Dia X pelo Xingu
Dia de Luta contra Belo Monte
Praça da República, 09h00
Belém do Pará
Comitê Metropolitano Xingu Vivo
Não queremos UHE Belo Monte, vamos luta pelo nosso rio Xingu.
ResponderExcluirMas poderíamos fazer tbm manifestações por todo o Brasil aproveitando a data... e ai quem topa?
ResponderExcluirA Idéia é que o Ato se epsalhe por todo oBrasil. Curitiba, São Paulo,lorianópílis, já confirmaram. Vamos ver quem mais topa.
ResponderExcluirAbs.
Marquinho Mota
Comitê Xingu Vivo
Tem mais INFO sobre como será em SP?
ResponderExcluirO pessoal do Brasil pelas Florestas é quem tá organizando. Na semana que vem vamos colocar todas as informações no blog.
ResponderExcluirUm abraço
Marquinho Mota
É necessário organizar aqueles eventos do facebook, pegar todos os links com cidades já confirmadas e postar aqui. Pra ter TODAS AS informações sobre as ações disponíveis num mesmo lugar, que pode ser aqui e no site do xingu vivo também. Sabrina
ResponderExcluirMarquinho, este blog tem que colocar aqueles botões para compartilhamento direto pra twitter, facebook e outros. Muito mais prático pra espalhar os links.
ResponderExcluirAbraços,
Sabrina
o Parque Nacional do Xingu fica a 1.316 km abaixo da usina, portanto não há como ser afetado. Isso seria como dizer que a construção de Itaipú tenha causado impactos ambientais em Buenos Aires. rsrsrsr!
ResponderExcluirDepende do que vc entende por afetar. A NESA e o Governo até hoje dizem que os indígenas da Volta Grande (Jurunas e Araras) não vão ser afetados por que eles não residem na área do reservatório da usina, porém vão ter a vazão do Xingu, que banha suas terras, reduzida em até 90%. Anônimo, reduz 90% da água da tua casa pra sempre e ai eu acho que tu mudas o teu conceito de afetado.
ResponderExcluirO que os Indígenas do Parque do Xingu temem, e com toda razão, é que se a primeira barragem for construida, serão nescessária pelo menos mais 3 barragens rio acima (ameaçando sim o Parque) para garantir a viabilidade econômica do empreendimento, informação que o governo e que o empreendedor negam, maas este tipo de informação não interessa divulgar, né anônimo?
Se esse movimento chegar a Mato Grosso sou a primeira a apoiar!
ResponderExcluirTemos que saber da onde saira a passeata contra Belo Monte.
ResponderExcluirestou em santa catarina apoio essa marcha aqui eu faco meu comercial divugo meu para-pai,degua força pj.
ResponderExcluirVai Rolar o ato em Salvador?
ResponderExcluirMANIFESTAÇÃO EM SÃO PAULO:
ResponderExcluirSábado, 17 de Dezembro de 2011
14:00 até 19:00
Vão livre do MASP, Avenida Paulista.
E em Belém? onde vai ocorrer a concentração?
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